Entenda os tratamentos da Síndrome de West neste artigo escrito pelo Doutor Francinaldo Gomes, neurocirurgião, especialista em neurocirurgia funcional e epilepsia.
Síndrome de West Tratamento
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.
Na prática atual, é indicado o uso de medicamentos como: ACTH que é o hormônio adrenocorticotrófico, sintético ou natural.
Outro medicamento é a vigabatrina, que é um medicamento usado para tratar epilepsia
Devido às dificuldades de acesso do acth, outros medicamentos corticosteróides podem ser usados como por exemplo: a prednisolona.
Outros fármacos para epilepsia também podem ser utilizados, porém com menor eficácia, dentre eles têm valproato de sódio, topiramato, os benzodiazepínicos, em associação com os outros fármacos levetiracetam, lamotrigina.
O uso do canabidiol tem se mostrado promissor no controle das crises em crianças com síndrome de west, particularmente quando a causa é a esclerose tuberosa.
Em alguns pacientes, a ressecção cirúrgica de uma área cerebral localizada e comprovadamente causadora das crises ou mesmo a colocação de um neuroestimulador, como por exemplo estimulador de nervo vago, pode evitar as convulsões
Além disso o tratamento também inclui: fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia geralmente feita por profissionais em clínicas de reabilitação ou mesmo em atendimento domiciliar
Enfim os cuidados de uma equipe terapêutica multidisciplinar formada por: médico fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo ajudam muito no tratamento das crianças portadoras desta condição.
Síndrome de West tem cura?
Não existe cura para síndrome de west, apenas pode-se obter o controle das crises que acontecem gradativamente, uma vez que a criança iniciou o tratamento correto.
Por isso é importante diagnosticar e tratar a criança o mais rápido possível, já que o objetivo do tratamento é diminuir os sintomas e corrigir as anormalidades do cérebro.
Como prevenir a síndrome de West?
Na maioria das vezes não há como prevenir a síndrome de west.
Nas crianças que apresentam uma causa específica os pais devem procurar evitar ou mesmo controlar a causa o mais rápido possível.
Síndrome de West expectativa de vida
Comumente as pessoas que têm síndrome de west tem uma pequena expectativa de vida e não costumam sobreviver muitos anos.
O prognóstico da síndrome de baixo é pobre, e depende muitas vezes na causa
As formas nas quais não se encontram uma causa, costumam ter o melhor prognóstico do que aquelas nas quais existe uma causa
Quando a criança consegue sobreviver até a fase adulta, algo que não é comum, os espasmos podem persistir
Um grande número de pacientes, cerca de 50% a 70%, desenvolve outras formas de epilepsia, mas há a possibilidade de remissão total dos espasmos considerados criptogenéticos, embora não haja confirmação de remissão definitiva para os casos mais graves.
A hipsarritmia também pode desaparecer ou se transformar no decorrer do tempo.
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Dr. Francinaldo Gomes é Neurocirurgião. Mestre em Neurociências. Membro da Comissão de Apoio, Qualificação e Gestão Empresarial da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Número de registro: CRM 6346 PA – RQE 3805 CRM 103790 SP – RQE 30517